05 Julho 2012, por João Maltez
Energias renováveis - Tudo o que produz vai lá para fora
A empresa compra resíduos florestais que transforma em combustível, destinado ao centro e Norte da Europa.
Alexandre Magalhães | O administrador da Enerpellets evidencia que a empresa proporciona trabalho a 300 fornecedores.
Empresa Enerpellets
Facturação 12 milhões de euros em 2011
Trabalhadores 90
A empresa foi constituída em 2007. A primeira unidade industrial arrancou em 2009, em Pedrógão Grande, e agora, em 2012, vai ser inaugurada uma segunda fábrica em Alcobaça. Tudo em cinco anos, e para exportar 100% da produção. O objectivo é que em 2013, com as duas unidades a funcionar, a facturação da Enerpellets chegue a 25 milhões de euros, diz Alexandre Magalhães, administrador da empresa.
O que faz a Enepellets? A explicação é do seu administrador: "Aproveitamos basicamente o que há da nossa floresta em termos de resíduos florestais, e fazemos a sua transformação em combustível renovável. Este é depois utilizado pelas congéneres europeias da EDP na Europa para substituir o carvão que, por cá, alimenta as grandes centrais termoeléctricas".
Lá fora, e para utilização do combustível - uma espécie de granulado de madeira - que a Enerpellets produz, as centrais têm sido reconvertidas. Tal operação permite que os equipamentos em causa possam funcionar com níveis de emissão poluente nulas, após o que Alexandre Magalhães idetentifica como investimentos marginais.
"Além de as centrais poderem trabalhar todo o ano, porque produzem energia renovável, esses países cumprem as metas relativas à produção de energia verde", sustenta o administrador da Enerpellets, para depois frisar que a empresa pretende continuar a apostar nesses países.
"São países muito exigentes, como a Suécia, aDinamarca, a Bélgica ou Holanda. Colocamos o nosso produto em nações desenvolvidas e cujas economias neste momento estão muito bem", sublinha.
Além de exportar 100% do que produz, a Enerpellets é uma pequena que cria postos de trabalho, que de forma directa, quer entre os seus fornecedores. Nas duas unidades, logo que Alcobaça funcione, deverão ter emprego 90 pessoas. Há contudo que contabilizar ainda mais 500 a 600 postos de trabalho indirectos.
"As nossas unidades são no interior do País, na zona de floresta. Os nossos fornecedores são pequenas e micro empresas de exploração florestal. Neste momento, a empresa tem cerca de 300 fornecedores. Por dia, em cada uma das unidades há 60 camiões a entrar e a sair", sublinha Alexandre Magalhães.